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UESB: Professores em greve fazem manifestação contra corte de salário

Na manhã desta terça-feira (30), professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) realizaram manifestações nos três campis (Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga) contra o corte de salário decretado pelo governo do Estado. A atividade contou com um café da manhã em frente aos portões e roda de conversa “A ética na greve”. 

A quatro universidades estaduais da Bahia  (UESB, UNEB, UESC e UEFS) estão em greve desde 4 de abril. Os professores pedem aumento de investimento nas instituições de ensino, reposição salarial, promoções, entre outros. [Confira abaixo as reivindicações detalhadas]. No entanto, na última sexta-feira(26), os professores grevistas tiveram 22 faltas descontadas no salário, referente ao período de greve.

Em entrevista ao site Avoador, a presidente da Associação dos Docentes da UESB (ADUSB), Soraya Adorno, informou que a manifestação teve como objetivo mostrar para a comunidade universitária que os professores ainda estão em greve, e também para mostrar à comunidade externa a necessidade da defesa das universidades públicas.

Ainda segundo Soraya, o jurídico do sindicato está tomando as devidas providências contra o corte de salário. “Ele já está trabalhando não só em cima da legalidade da greve, mas também ao retorno dos valores que foram descontados na folha de salário dos professores”, contou.

A docente Flávia Borges frisou que a greve está dentro da legalidade. ” A greve é um instrumento legal. Tivemos o desconto de 22 greves, mas isso vai fortalecer mais a grave. Afinal de contas, o governador tem mostrado que não respeita a nossa classe”, disse.

Logo no início da greve, o Governador Ruí Costa apresentou às universidades estaduais a proposta de 900 progressões de carreira e o recurso de R$ 36 milhões para investimento. No entanto, por ampla maioria dos docentes, foi decidido a manutenção da greve. Segundo nota da Adusb, ” a liberação de 900 promoções não atende nem mesmo a fila dos docentes que aguardam por seus direitos trabalhistas”,  e que “os R$ 36 milhões liberados pelo governador não são recursos extra, mas parte dos recursos contingenciados e de receita gerada pelas próprias instituições”.

Confira as reivindicações dos professores:

  • Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Atualmente, esse índice é de aproximadamente 5%, segundo categoria;
  • Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA;
  • Reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017;
  • Cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho. Atualmente, conforme categoria, só na Uneb, mais de 400 professores possuem seus direitos à promoção negados pelo Estado;
  • Ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.

 

Fonte: Blitz Conquista

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