A História do Mármore

As rochas ornamentais começaram a ser utilizadas na aurora da civilização humana, durante o período neolítico. Vários túmulos na Europa, Ásia e América, construídos nessa época, são feitos de blocos de granito, mármore, arenito, etc. Os mais conhecidos são os Dolmenos (França) e Menhiros (Alemanha, Inglaterra, Itália).
Na era paleolítica, numa região da Rússia, existiram 200 cidades onde o homem primitivo fez grande uso de rochas ornamentais em construção de casas e túmulos.
O Egito abriu as primeiras pedreiras de rochas ornamentais há aproximadamente 5 milhões de anos, para extração de grandes blocos de calcário e sienito. Com eles, as grandes pirâmides do Egito foram construídas e permanecem até hoje como construções significativas para a civilização. Somente na pirâmide de Keops, que tem 147 metros de altura, foram utilizados 2,3 milhões de blocos de calcário.

A Itália usava mármore e travertino, a Espanha, mármore, a França, arenito, a Finlândia e a Suíça utilizavam bastante o granito e assim por diante, iniciando-se novamente um grande comércio dessas rochas. Por exemplo, para a construção da igreja em São Petersburgo, a Rússia comprou da Finlândia grande quantidade de blocos de rapakivi-granito, muito conhecido no mundo inteiro. O transporte era feito por navios e depois pela neve e gelo. Nessa época, houve um aumento do uso de mármores e travertinos na Itália e também em outros países que compravam da Itália grande quantidade de mármores brancos de Carrara.
No século XIX tem início novamente o uso de rochas ornamentais para construção civil. Aumenta a produção do mármore de Carrara em várias pedreiras e, consequentemente, a exportação de blocos, principalmente para a França, Alemanha e Estados Unidos. Nessa época, começa também a extração de vários tipos de rochas ornamentais em muitos países da Europa como Espanha, Grécia e França.

A Grécia Antiga, seguida pelo Império Romano, como herdeiros dessa grande civilização, construíram enormes prédios, monumentos, túmulos, esculturas, estradas, viadutos, portos, entre outras edificações, com vários tipos de rochas ornamentais, como os mármores, calcários, travertinos, brechas, arenitos, porfírios, granitos, entre outros, na Europa, África e Ásia. Apesar de terem sido construídos antes do nascimento de Cristo, muitos perduram até hoje. Nessa época já começava o comércio intensivo de várias rochas extraídas nos três continentes.
Durante a Idade Média, a humanidade volta a usar grande quantidade de rochas ornamentais para a construção de
prédios, palácios, castelos, igrejas, monumentos, esculturas, praças, estradas, viadutos, portos, etc.

A colocação de mármores e granitos na arquitetura moderna, aumenta todos os anos no mundo inteiro. Fachada aerada, piso elevado, móveis, pisos públicos, são comuns e a produção de rochas ornamentais, extração e beneficiamento configurou uma indústria em constante expansão. O uso de outras pedras, como quartzito, ardósia, serpentinito, pedra sabão, etc também vem crescendo. O Brasil, em especial Minas Gerais, é grande produtor de rocha ornamental, sendo considerado um dos maiores polos produtores do mundo de granitos (Candeias), ardósia (Papagaios), quartzito (São Tomé das Letras), etc.