Por aqui, com uma semana mais curta para a Bolsa devido ao feriado no estado de São Paulo do dia 9 de julho, a atenção está voltada para votação em primeiro turno no plenário da câmara da reforma da previdência, com discussões esperadas para serem iniciadas na terça-feira
SÃO PAULO – Após atingir recorde de fechamento na última sexta-feira com os avanços na reforma da Previdência na Comissão Especial da reforma da Previdência, a bolsa brasileira deve registrar uma sessão de maior cautela nesta segunda-feira (8). O contrato futuro do Ibovespa com vencimento em agosto registrava leve alta de 0,11% às 9h10 (horário de Brasília), enquanto o dólar futuro com vencimento no mesmo mês caía 0,26%, a R$ 3,819.No mercado de juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 tinha queda de 3 pontos-base, a 5,62%, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 tinha baixa de 4 pontos-base, a 6,43%. Os investidores por aqui acompanham o ambiente mais negativo dos mercados mundiais.
Após o ânimo em meio à trégua comercial entre EUA e China, agora o cenário é de cautela, com as conversas entre EUA e Pequim recomeçando nesta semana. Além disso, vale destacar, o Irã disse que começará a enriquecer urânio além do nível permitido sob o acordo nuclear que assinou em 2015, elevando o risco geopolítico.Também há um ambiente de maior cautela nos mercados internacionais ainda repercutindo os dados fortes do mercado de trabalho nos EUA na última sexta-feira e com a expectativa pelo discurso do Federal Reserve. “A semana está repleta de discursos de bancos centrais e dados de atividade econômica. O foco principal será o discurso do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, na quarta-feira, apenas alguns dias após a divulgação de dados fortes de criação de novos postos de trabalho, que fez com que o mercado questionasse a necessidade/tamanho de cortes nas taxas de juros, apesar desse ainda ser o caso base”, destaca a XP em relatório. Por aqui, com uma semana mais curta para a Bolsa devido ao feriado no estado de São Paulo do dia 9 de julho, a atenção está voltada para votação em primeiro turno no plenário da câmara da reforma da previdência, com discussões esperadas para serem iniciadas na terça-feira.Levantamento do jornal O Estado de S.Paulo apontou o apoio de 247 deputados à reforma, dos quais 229 aprovariam com o mesmo teor que foi aprovado na Comissão Especial e 18 condicionaram a aprovação a ajustes. Seriam precisos, assim, mais 61 votos para a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) na Câmara. Esse apoio, porém, é o maior já registrado em todas as edições do Placar da Previdência já feitas pelo Estado.Nas contas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, a reforma já tem o apoio de mais de 308 deputados. Após reunião com líderes partidários, no sábado, Maia afirmou que o objetivo dos parlamentares é de que a votação em primeiro e segundo turno aconteça antes do recesso. Já o ministro Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo conta com cerca de 330 votos.Atenção ainda para as pesquisas sobre o governo Bolsonaro feitas com a população, que mostraram estabilidade na aprovação do governo (veja aqui e aqui). Os investidores também olham para o relatório Focus, com a estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano continua em queda. Segundo o boletim, pesquisa semanal do Banco Central feita junto a instituições financeiras, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – desta vez foi reduzida de 0,85% para 0,82%. Foi a 19ª redução consecutiva.Para 2020, a expectativa é que a economia tenha crescimento maior – de 2,20% -, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 permanece em 2,50%.A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), se manteve em 3,80% este ano. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2020 é de 3,91%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.Para 2021, o centro da meta de inflação é 3,75% e para 2022, 3,5%, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.Notícias corporativasAlém da venda de participações em empresas de transporte e distribuição de gás, a Petrobras terá de se desfazer do controle do gasoduto Brasil-Bolívia, conforme acordo da companhia com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que será avaliado hoje pelo colegiado, diz a Folha. Segundo a publicação, a Petrobras irá se desfazer ainda a fatia remanescente de 10% na NTS e TAG, duas transportadoras cujo controle foi vendido. O acordo é o pivô do processo de abertura do mercado de gás natural no País.A construtora Tecnisa anunciou uma oferta subsequente (follow on) de 300 mil ações, que pode render captação de R$ 411 milhões. Podem ser ofertadas mais 105 mil ações, informa a empresa. A Tecnisa pretende usar 50% dos recursos às operações, com a aquisição de novos terrenos, e o restante à melhoria da estrutura de capital, com quitação de dívidas, além de reforço no capital de giro
Fonte: infomoney.com.br