Foto: Gov.Br
Durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (08), em Vitória da Conquista, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) frustrou as expectativas de autoridades e movimentos sociais ao não apresentar projetos imediatos para a região.
O grande foco da reunião era a duplicação do trecho entre Vitória da Conquista e Jequié, além da construção de viadutos e passarelas. No entanto, segundo o superintendente Stephane Quebaud, tais intervenções só devem ocorrer entre o terceiro e oitavo ano do novo contrato de concessão da BR-116. “A duplicação será feita ao longo de 356 quilômetros, mas dentro de um cronograma extenso”, afirmou.
A audiência reuniu parlamentares, entidades e representantes da sociedade civil, que cobraram medidas mais urgentes. No primeiro ano da nova gestão, os esforços serão direcionados à recuperação do pavimento, tapa-buracos e serviços essenciais como atendimento médico e mecânico para os motoristas.
Outro tema abordado foi a colocação de passarelas e viadutos, uma demanda antiga dos moradores. No entanto, segundo Quebaud, esse tipo de estrutura será analisado com base no fluxo de pedestres e nas características das pistas existentes.
Mudança na concessão e impactos na tarifa O contrato da ViaBahia foi encerrado com um pagamento de R$ 892 milhões, o que gerou críticas de políticos presentes. A previsão é que uma nova empresa assuma a concessão em janeiro de 2026, devendo seguir um modelo regulatório mais moderno. Para reduzir o impacto da tarifa de pedágio, a proposta da ANTT é distribuir mais praças de cobrança, com valores proporcionais à distância percorrida pelos usuários.
Cobrança por ações mais rápidas A demora nas obras preocupa autoridades locais, como o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), que criticou a falta de um plano emergencial. “A ANTT fala em investimentos para daqui a oito, dez anos, mas nós já estamos em colapso. Se isso continuar, quantas vidas ainda perderemos?”, questionou.
O prefeito também lamentou que municípios vizinhos não tenham sido convidados para as audiências públicas. “A BR-116 corta várias cidades, e todas elas deveriam ter participado das discussões”, disse.
Enquanto aguardam definições concretas, moradores e motoristas seguem cobrando um cronograma acelerado, que garanta mais segurança, mobilidade e infraestrutura para uma das rodovias mais importantes do país.
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