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Nova Serie da Netflix Round 6: Especialista alerta sobre impactos das cenas de violência em crianças

A série coreana estreou há menos de um mês e já está entre as mais vistas na Netflix. No entanto, apesar da classificação etária de 16 anos, o público infantil também tem acessado o conteúdo, com ou sem a permissão dos pais

Lançada em setembro, a nova série coreana Round 6, da Netflix, já foi parar na lista de maiores sucesso da história do streaming. No entanto, paralelamente ao sucesso, vem causando polêmica — e uma das discussões gira em torno do fato de que crianças e adolescentes estão assistindo à surpreprodução, que tem classificação etária de 16 anos. “Não é nem questão de permitir, é estar de olho, pois sabemos que muitas crianças já tem acesso a telefones, mesmo sem a presença dos pais”, alertou a pediatra Thais Chaves, do Rio de Janeiro, em seu perfil no Instagram.

Série da Netflix fala sobre maternidade, mãe solo, violência doméstica e pobreza

Na série, brincadeiras infantis bastante conhecidas – como “batatinha frita 1, 2, 3”, “bolinha de gude” e “cabo de guerra” – são utilizadas em uma espécie de jogo de sobrevivência, no qual os participantes que não atingem o objetivo final são assassinados. E tudo isso por um prêmio milionário. As cenas também contêm torturas psicológicas, violência explícita, suicídio, sexo e tráfico de órgãos.

Relatos de pais:

Nas redes sociais, em reposta ao post da pediatra, diversos pais expressaram suas preocupações. “Minha filha disse que todos na sala dela estavam falando sobre a série e que ela era a única que não tinha visto”, revelou uma mãe. “Meu esposo levou meu filho de 7 anos para jogar bola e, pasmem, várias crianças estavam brincando de ‘batatinha frita 1, 2, 3’. Tinha uma menina que representava a boneca e as outras crianças fingiam que eram mortas. Fiquei abismada”, admitiu outra.

“Ouvi de um pai que a filha de 8 anos assistiu sozinha. Não sei se fiquei mais chocada com o relato pela idade ou com a naturalidade com a qual ele disse isso”, revelou mais uma. “Minhas filhas de 7 e 10 anos disseram que os amigos da escola e nossos vizinhos do prédio assistiram à temporada toda, inclusive com os pais”, completou uma mãe.

No entanto, outros admitem ter assistido com as crianças. “Meus filhos, de 11 e 8 anos, queriam muito assistir, portanto assisti junto com eles. A cada episódio, debatemos sobre as mensagens subliminares”, afirmou uma mãe. Mas muitas pessoas concordaram que não se trata de um conteúdo para crianças. “Deveria ser proibida. Assisti uma parte e já fiquei horrorizada. Não quero meus filhos assistindo de jeito nenhum”, afirmou uma. “Essa série é maravilhosa, consegue mostrar realmente como as pessoas são por causa de dinheiro: capazes de tudo! Mas é uma série para adultos e não para crianças”, afirmou outra, em seguida.

Alerta de escola:

No Rio de Janeiro, uma carta aberta emitida por uma escola viralizou e está circulando nas redes sociais. Nela, a instituição afirma que a série tem sido “assunto” entre os alunos de 7 e 8 anos durante o recreio e horários livres. “O que nos causa preocupação é a facilidade com que as crianças acessam esse material. Lembramos, apenas para informação, que canais de streaming, como a Netflix e outros, possuem a ‘restrição de visualização por classificação etária’, uma ferramenta preciosa para que nossas crianças acessem somente o conteúdo apropriado à sua idade”, orientou a escola Aladdin, no Pechincha, na Zona Oeste.

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