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Na madrugada deste sábado, 17 de agosto, o Brasil perdeu uma das maiores figuras da televisão nacional. Silvio Santos, nome artístico de Senor Abravanel, faleceu aos 93 anos no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após complicações de saúde. O apresentador, que havia recebido alta após um quadro de H1N1, voltou a ser internado no início de agosto, mas infelizmente não resistiu.
Silvio Santos deixa um legado inestimável, construído ao longo de mais de seis décadas de carreira. Conhecido como o “Homem do Baú”, ele começou sua trajetória nas ruas do Rio de Janeiro, vendendo capas de Títulos de Eleitor como camelô, antes de se aventurar na rádio e, finalmente, na televisão. Foi no início dos anos 60 que Silvio se consolidou como um dos maiores comunicadores do país, estreando na TV Paulista com o programa “Vamos Brincar de Forca”. No ano seguinte, lançou o icônico “Programa Silvio Santos”, que permanece no ar até hoje.
A carreira de Silvio não se limitou apenas ao entretenimento. Ele foi um visionário, criando o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) em 1981, após obter a concessão da TVS do Rio de Janeiro. A emissora rapidamente se destacou por sua programação única, apostando em conteúdos diferenciados, como o seriado “Chaves” e as novelas mexicanas, além de lançar grandes nomes da televisão brasileira, como Gugu Liberato, Eliana e Maisa.
Além de seu sucesso na TV, Silvio Santos teve uma breve e marcante incursão na política. Em 1989, ele surpreendeu o país ao anunciar sua candidatura à presidência da República, pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB). Sua entrada na corrida presidencial agitou o cenário político, mas sua candidatura foi impugnada pela Justiça Eleitoral.
Silvio Santos deixa seis filhas, que agora herdam a responsabilidade de manter o legado do pai no comando do SBT. A vida e carreira de Silvio, que já foram tema de seriados e documentários, serão eternizadas também no cinema, com um filme sobre sua trajetória previsto para estrear em 5 de setembro.
O Brasil se despede de Silvio Santos, mas seu impacto na cultura e na televisão brasileira continuará vivo por muitas gerações.