Presidente do PT defende reeleição e diz que extinção da medida é ‘retrocesso’

“proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população”, disse Gleisi Hoffmann

A presidente do Partidos dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PT), teceu críticas à ideia defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), de extinguir a reeleição para presidente da República. 

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi classificou a proposta como “oportunidade”, além de representar um “retrocesso na representação democrática da maioria da população”. 

“Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população. Quando os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites apoiaram e aplaudiram. Quando presidentes do PT foram reeleitos, aí a reeleição virou problema.”, disse a presidente na plataforma.

“Desde o golpe contra Dilma, os poderes da presidência vêm sendo reduzidos e até usurpados pelo Congresso, especialmente na execução do Orçamento, que favorece a reeleição da maioria conservadora, em detrimento dos interesses do país”, completou.

O presidente do Senado, recentemente, afirmou que pretende debater a instituição de mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco destacou ainda que outro possível tema a ser pautado na Casa será a reeleição para presidente da República.

“Vamos discutir a instituição da reeleição no Brasil, a coincidência de eleições, eventualmente passar mandatos de quatro para cinco anos sem reeleição. São ideias postas que atingem o Poder Executivo, mas que também não são uma afronta. São reflexões e deliberações, que é papel do Congresso fazer”, aponta Pacheco. 

Em 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu segundo mandato, chegou a defender o fim da reeleição. Em 2022, na campanha eleitoral, o petista chegou a indicar que não se candidataria para um quarto mandato.