Brasil

Pandemia aprofunda desemprego entre negros no Brasil, aponta Dieese

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A pandemia da Covid-19 afetou de forma mais intensa os trabalhadores negros no Brasil, conforme mostra levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,9 milhões de homens e mulheres perderam empregos ou deixaram de procurar colocação por acreditarem não ser possível conseguir vaga no mercado de trabalho. Desse total, 6,4 milhões eram negros ou negras e 2,5 milhões, trabalhadores e trabalhadoras não negros.

A pesquisa mostra que a partir do momento em que as pessoas começaram a buscar voltar ao mercado de trabalho, a taxa de desocupação cresceu. A comparação do volume da força de trabalho do 2º trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020 mostra que a força de trabalho negra cresceu 3,8 milhões (1,79 milhões de homens e 1,97 milhões de mulheres). Já entre os não negros, o aumento foi de 2,3 milhões (963 mil homens e 1,38 milhões de mulheres).

Porém, quando se compara 2021 com o 1º trimestre de 2020, antes da pandemia, nota-se que parcela expressiva de negros não voltou para a força de trabalho: 1,1 milhão de negras e 1,5 milhão de negros. Pode-se dizer que, no 2º trimestre de 2021, enquanto a força de trabalho não negra já equivalia a 92% do total registrado antes da pandemia (1º trimestre de 2020), entre os negros, esse percentual foi de quase 59%, número que levanta a questão sobre o destino desses quase 2,6 milhões de negros e negras.

O número de pessoas que perdeu postos de trabalho por causa da crise sanitária, entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, foi de 8,8 milhões. Desses, 71,4% ou 6,3 milhões eram negros: 40,4%, mulheres, 31%, homens. A comparação entre os segundos trimestres desse ano e de 2020 mostra que, em 2021, havia 2,9 milhões de negros ocupados a mais do que no ano passado – o equivalente a 47,0% do 1º trimestre de 2020.

Para os não negros, os impactos da crise sanitária foram menores: dos 2,5 milhões que perderam as ocupações entre o 1o e o 2o trimestre de 2020, 59% voltaram a trabalhar em 2021. O nível de ocupação ainda não voltou ao que estava no 1o trimestre de 2020: em 2021, são 4,4 milhões abaixo do observado antes da pandemia.

O aumento da taxa de desocupação é visível no 2º trimestre de 2021. Com o avanço da vacinação, muitas pessoas voltaram a buscar colocação no mercado de trabalho, mas a economia brasileira não apresentou dinamismo suficiente para receber esse volume de trabalhadores.

Para os negros, a taxa de desemprego é sempre maior do que a dos não negros. Enquanto para os homens negros, ficou em 13,2%, no 2o trimestre de 2021, para os não negros, foi de 9,8%. Entre as mulheres, a cada 100 negras na força de trabalho, 20 procuravam trabalho, proporção maior do que a de não negras, 13 a cada 100.

A pandemia da Covid-19 afetou de forma mais intensa os trabalhadores negros no Brasil, conforme mostra levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,9 milhões de homens e mulheres perderam empregos ou deixaram de procurar colocação por acreditarem não ser possível conseguir vaga no mercado de trabalho. Desse total, 6,4 milhões eram negros ou negras e 2,5 milhões, trabalhadores e trabalhadoras não negros.

A pesquisa mostra que a partir do momento em que as pessoas começaram a buscar voltar ao mercado de trabalho, a taxa de desocupação cresceu. A comparação do volume da força de trabalho do 2º trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020 mostra que a força de trabalho negra cresceu 3,8 milhões (1,79 milhões de homens e 1,97 milhões de mulheres). Já entre os não negros, o aumento foi de 2,3 milhões (963 mil homens e 1,38 milhões de mulheres).

Porém, quando se compara 2021 com o 1º trimestre de 2020, antes da pandemia, nota-se que parcela expressiva de negros não voltou para a força de trabalho: 1,1 milhão de negras e 1,5 milhão de negros. Pode-se dizer que, no 2º trimestre de 2021, enquanto a força de trabalho não negra já equivalia a 92% do total registrado antes da pandemia (1º trimestre de 2020), entre os negros, esse percentual foi de quase 59%, número que levanta a questão sobre o destino desses quase 2,6 milhões de negros e negras.

O número de pessoas que perdeu postos de trabalho por causa da crise sanitária, entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, foi de 8,8 milhões. Desses, 71,4% ou 6,3 milhões eram negros: 40,4%, mulheres, 31%, homens. A comparação entre os segundos trimestres desse ano e de 2020 mostra que, em 2021, havia 2,9 milhões de negros ocupados a mais do que no ano passado – o equivalente a 47,0% do 1º trimestre de 2020.

Para os não negros, os impactos da crise sanitária foram menores: dos 2,5 milhões que perderam as ocupações entre o 1o e o 2o trimestre de 2020, 59% voltaram a trabalhar em 2021. O nível de ocupação ainda não voltou ao que estava no 1o trimestre de 2020: em 2021, são 4,4 milhões abaixo do observado antes da pandemia.

O aumento da taxa de desocupação é visível no 2º trimestre de 2021. Com o avanço da vacinação, muitas pessoas voltaram a buscar colocação no mercado de trabalho, mas a economia brasileira não apresentou dinamismo suficiente para receber esse volume de trabalhadores.

Para os negros, a taxa de desemprego é sempre maior do que a dos não negros. Enquanto para os homens negros, ficou em 13,2%, no 2o trimestre de 2021, para os não negros, foi de 9,8%. Entre as mulheres, a cada 100 negras na força de trabalho, 20 procuravam trabalho, proporção maior do que a de não negras, 13 a cada 100.

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