Lula vai à China com 240 empresários, ministros e parlamentares; cerca de 20 acordos devem ser assinados, diz Itamaraty
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o embaixador da China no Brasil, Zhu QingqiaoImagem: 3.fev.2023 – Ricardo Stuckert
China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, e governo quer diversificar a relação com o país. Combate à fome, cooperação em tecnologia e aquecimento global também estarão na pauta, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai com 240 empresários na comitiva para a viagem oficial à China no fim do mês, informou nesta sexta-feira (17) o Palácio do Itamaraty.
Desses empresários, 90 são do agronegócio. Segundo o Itamaraty, a viagem dos empresários não é custeada pelo governo brasileiro.
Na delegação vão estar também parlamentares e ministros. O Itamaraty ainda não confirmou a lista.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Na viagem, a primeira de Lula para o hemisfério oriental, o governo brasileiro vai buscar reforçar os laços com Pequim e diversificar os produtos que exporta para o país.
O Brasil quer vender mais itens industrializados, e não se concentrar somente em commodities, como soja e minério de ferro.
Na pauta também estão colaboração em tecnologia e combate à fome.
“Um dos temas da visita é o desenvolvimento que envolve também a tecnologia, mudança do clima, transição energética e o combate à fome. É um momento em que o Brasil e a China também falam para o mundo, isso também estará nos objetivos”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.
A viagem oficial de Lula vai ocorrer entre os dias 26 e 31. Segundo a agenda oficial, no dia 28, Lula se encontra com autoridades chinesas e com o presidente Xi Jinping. No dia seguinte, a comitiva brasileira participa de um seminário empresarial.
A guerra entre Rússia e Ucrânia deve ser tema da conversa entre Lula e Xi. O presidente brasileiro quer atrair o chinês para uma iniciativa de criar um grupo de países que possa intermediar negociações de paz para encerrar o conflito.
Por Kellen Barreto, TV Globo — Brasília