Marivalda da Silva teve um impasse com Soraia Cabral, ao chegar na prefeitura
Foto: Reprodução / Prefeitura de Candeias
Uma confusão marcou a tarde desta quarta-feira (24) na Prefeitura de Candeias, cidade da Região Metropolitana de Salvador. O desentendimento aconteceu entre a pré-candidata a prefeita pelo PT, a atual vice-prefeita, Marivalda da Silva (PT), e a primeira-dama da cidade, Soraia Cabral (PP). A petista afirmou ao bahia.ba ter sido impedida de entrar no gabinete, e disse ter sido motivado pelas diferenças políticas que tem com o prefeito Pitágoras Alves (PP), desde 2023.
Segundo Marivalda, as desavenças começaram no ano passado, quando ela despontou como líder nas pesquisas de intenções de votos para a prefeitura do município. A petista alegou que sua sala foi desapropriada para reformas, e só foi liberada nesta quarta-feira, o que motivou sua volta para o gabinete. Ao chegar no local, a primeira-dama (também secretária de Cultura da cidade), teria impedido a vice-prefeita de permanecer no local.
“Nós ficamos esse tempo numa sala improvisada na Secretaria de Emprego e Renda, sem condição nenhuma de atender as pessoas, mas atendemos nas ruas e nas praças. Quando soubemos que o gabinete já estaria disponível hoje, fomos até lá para verificar isso e, para minha surpresa, encontrei o gabinete que é da vice-prefeita, sendo ocupada pela primeira-dama e pelo (futuro) candidato dela trabalhando por lá”, disse.
Já Soraia, gravou a confusão em seu celular e postou o vídeo no Instagram, junto a um pronunciamento oficial. “Eu estava trabalhando, atendendo as pessoas, quando a vice-prefeita chegou aqui falando alto. Ela alega que a gente estava impedindo o acesso dela à prefeitura, mas vale observar, nesse vídeo, que ela já estava no segundo andar, em frente à sala onde ela queria adentrar. Percebam que eu a convido para entrar, mas ela preferiu fazer zoada, me agredir, falar coisas que eu acho que não merecia ouvir”, afirmou.
Em resposta ao pronunciamento, a vice-prefeita disse ter achado desnecessário esse comportamento e negou todas as alegações sobre ofensas e agressões. “Era uma pessoa que eu tinha uma amizade grande, não precisava estar ali me intimidando daquela forma, filmando em tempo real aquilo que eles estavam fazendo contra mim. Eu estava sendo praticamente agredida, de forma moral, naquele processo, e ela, de forma irônica, filmando tudo que vinham fazendo contra mim, como se fosse uma espécie de humilhação pública. Sou advogada e somente pedi que ela não fizesse aquilo”, pontuou Marivalda ao bahia.ba.
A vice-prefeita também afirmou não ter mais ligações políticas com o prefeito Pitágoras. “A gente está num processo de afastamento, não estamos mais ligados politicamente, mas continuo uma vice-prefeita eleita, querendo fazer meu trabalho. Hoje, fomos impedidas de ter acesso a esse espaço que era onde fazíamos o nosso trabalho político e administrativo”, completou.