Aumentos repentinos na produção em cidades podem ter atraído recursos milionários que não eram necessários
O Ministério da Saúde fez análise sobre distorções nos dados do Sistema Único de Saúde (SUS) em 467 municípios brasileiros e enviou as informações para a Controladoria-Geral da União (CGU) e para a Polícia Federal.
A suspeita é que aumentos repentinos na produção das prefeituras dos municípios investigados tenham acontecido por conta de falsificação de dados.
Dessa forma, um aumento do teto de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) que deputados e senadores podiam indicar possibilitaria aportes milionários em locais que não precisavam destes investimentos.
“O Ministério da Saúde vem aprimorando as regras de negócio dos sistemas oficiais de informação, objetivando reduzir os riscos de registros de produção assistencial distorcidos ou irregulares. Foram desenvolvidos mecanismos para controlar a quantidade máxima de procedimentos por paciente, a cada período, e para impedir alterações nos dados. Essas medidas permitem um melhor acompanhamento das informações inseridas nos bancos de dados”, escreveu o Ministério da Saúde sobre medidas para conter as fraudes.
Uma das formas de o Ministério da Saúde conter as fraudes é através do AudSUS, órgão de auditoria interna do SUS que analisou dados em prefeituras do Maranhão, o que fez a pasta pedir restituição de R$ 53 milhões por conta de envios indevidos.
Metrópoles