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Justiça retira Ednaldo Rodrigues da CBF e dá prazo para convocação de novas eleições

A CBF, por sua vez, irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para tentar derrubar a decisão

Foto: Thais Magalhães/CBF

A Justiça determinou que o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, seja retirado de seu cargo. Em decisão da 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), anunciada nesta quinta-feira (7), o atual presidente do STJD Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz, assumirá o comando da Confederação de forma interina como interventor.

No cargo máximo do futebol nacional, Perdiz terá prazo de 30 dias para conduzir uma nova eleição presidencial, que escolherá o mandatário da organização. A CBF, por sua vez, irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para tentar derrubar a decisão. Se isso acontecer, Ednaldo retorna à presidência.

No entendimento do TJ-RJ, porém, o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que havia sido assinado entre o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a CBF, em março de 2022, é ilegal. Os magistrados afirmaram que o termo, que serviu de alicerce pra realização da eleição que levou Ednaldo à presidência, não tinha legitimidade, já que a CBF é uma entidade privada.

Eleições anteriores, ocorridas de 2017 em diante, também foram invalidadas pela Justiça com a decisão desta quinta. O pleito que elegeu Rogério Caboclo, em abril de 2018, é um dos exemplos. A eleição de Ednaldo, feita em março de 2022 para um mandato de quatro anos, também foi anulada.

A Fifa informou que estava “observando” a situação, já que a entidade máxima do futebol não aceita intervenções da Justiça comum em suas associações afiliadas. Com isso, a CBF pode, em teoria, ser suspensa, sendo impedida de participar de competições da entidade suíça. Isso poderia afetar tanto a seleção brasileira quanto clubes do país.

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