Política

Veto ante veto: Negromonte Jr., Cajado e Carletto ainda não chegaram a consenso sobre direção do PP-BA

Foto: Montagem/ Bahia Notícias

O comando do Progressistas na Bahia ainda não tem uma definição formal, apesar da certeza que o deputado federal João Leão não vai ser reconduzido à presidência do diretório regional. Os companheiros de Câmara Mário Negromonte Jr. e Cláudio Cajado disputam com o ex-deputado Ronaldo Carletto quem vai herdar a batuta da legenda e, até o momento, não chegaram a um entendimento sobre o futuro.

Quem acompanha os bastidores da disputa chega a brincar: “estão todos se vetando”. Na falta de um consenso entre os três caciques, até o próprio Leão foi instado a falar sobre uma eventual preferência e preferiu se ausentar. Negromonte Jr. e Carletto articularam para que os deputados voltassem à base aliada do PT no Brasil e na Bahia, após o partido romper com o grupo em 2022, e Cajado tem como trunfo o bom trânsito com a direção nacional – foi presidente interino na fase final do governo de Jair Bolsonaro. É um duelo difícil de obter um segundo voto para desequilibrar a balança.

Carletto ficou sem mandato formal – o sobrinho dele, Neto Carletto, herdou a cadeira na Câmara – e ficaria com a direção do PP na Bahia como uma espécie de “consolo” após embarcar como suplente de senador na chapa derrotada de ACM Neto (União) em 2022. Os outros dois postulantes vivem uma situação diferente: possuem mandato e já almejavam o controle partidário há mais tempo.

Desde a vitória de Jerônimo Rodrigues (PT) nas urnas se aventa a aproximação de Negromonte e Cajado para tentar derrubar João Leão do comando estadual. O fato já foi consumado e o árbitro do processo tende a ser o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira. Todavia, até aqui, Ciro teria deixado a cargo dos figurões baianos construir um mínimo de consenso para saber quem vai assumir o posto.

Enquanto não se chega ao entendimento, o PP vai abocanhando parcelas de estruturas estatais e auxilia na “governabilidade” no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). “Não está ruim”, resumiu um dos integrantes de menor escalão da sigla.

Por Fernando Duarte / Bahia Notícias

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